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fevereiro 09, 2012

Pedrinhas francesas no caminho


Um romance... 
ou se escreve ou se vive... 
(Pirandello)

   Uma vez meu coração sobressaltou-se para nunca mais. Recebera um presente clandestino - alguém me escrevera um poema. Magros versos delicadamente em francês, frágeis borboletas subitamente invadindo o meu dia. E lembro que era um daqueles dias de um vazio sufocante.
Mon amour par toi c'est trés grand
et toutes les choses n'ont pas importance
si tu n'est pas avec moi.
Mais, même loin, je t'aime,
parce que mon amour par toi c'est l'infinite.
   Tínhamos codinomes porque nos cativáramos ("eu protegi teu nome por amor..."), e aos poucos certas músicas foram se incorporando a nossa história. Sim, tão comum, mas eu não sabia que era assim quando duas pessoas são surpreendidas pelo acaso em meio aos volteios da realidade.
   Um dia, a realidade mostrou sua força e os codinomes foram estilhaçados. Então me atrevi a construir um pequeno canto secreto com pedrinhas francesas, por pura solidão.
Parlez encore. Vous voudriez aussi de moi? Je suis la, regarde, je suis devant vous. Essayez de voir. C'est presque l'aube. Le jour est venu aux fenêtre. N'ayez pas peur, viens. À ce corps, à ce visage, à cette peau nue. Viens pour faire mon corps moins seul.
(Telma Monteiro)

4 comentários:

  1. OI,
    Este post nos deixa enternecidos,quem já não construiu algo por pura solidão?.Adorei,amei e já estou a te seguir.
    Parabéns pelo seu blog.
    Feicidades.
    http://wwwavivarcel.blogspot.com/

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    Respostas
    1. Muitíssimo obrigada, Fênix27 (adorei o pseudônimo!)! Pela visita e mais ainda por suas palavras.
      Felicidades tb!

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  2. Tudo em francês fica mais bonito, né? Belo texto, moça.

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