Entre a palavra e o meu pensamento existe o meu ser. (Clarice Lispector) O que faço com ele? Visto-o pra presente e tento agradar aos guardiões da tradição, família e propriedade e vida medíocre e beijinhos sociais e insossos? Ou ergo uma taça de vinho tinto e brindo ao absurdo de ser verdadeiro nestes tempos de farsa nada medieval?
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Onde está o meu sinônimo na vida? (Clarice Lispector) - ouço alguém bradar da cobertura de um prédio da cidade. Uma dúvida me vem à tona: serei eu? serei eu? Mas meu coração, melindroso, logo me põe no meu devido lugar: serás sempre um atônito antônimo. Ah, indelicado coração que sempre se esquece de colocar um pouco de mel na ponta de suas flechas... (Telma Monteiro)
*Imagem: Homesickness, de René Magritte.
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