BEM-VINDOS E OBRIGADA PELA VISITA.




NOTÍCIAS *INFORMAÇÕES * DISTRAÇÕES * IMPRESSÕES * PULSAÇÕES

outubro 10, 2011

Um dia, Carpe Diem...


...viver implica esquecer a maior parte dos rastros...
Caio Meira

Sinto saudade.
Das gelatinas aos montes que devorávamos, ao sabor dos passos dentro das tantas noites. A lua nos seguia, cúmplice, e luzes relampejavam a nossa passagem, gente e carro na longa avenida dividida por um canal. Risos e segredo e febre, todo o tempo do mundo ao nosso lado.
Sinto saudade.
Essencialmente da solidão compartilhada e do estar aqui - sempre. Não importa se inverossímel, mas foi, tão concreto - ah, que chuva com vento veio e devastou nossas historinhas ora sessão da tarde, ora carvão em brasa? E aquele nosso perfume, e aquelas nossas músicas - porque não, nunca mais (re)sentí-los, renascermo-nos. Porque tudo agora (ainda) dói - sons, sabores, a cor azul, a distância infinita entre centímetros...
Por isso, e por toda a beleza e torvelinho que se infiltrou (ou perfurou) minha vida e incitou improvisos e recriou afetos, é que agora escrevo, entre a madrugada e o sono, rendo-me enfim à necessidade de dar corpo a uma despedida. Desabo sobre mim mesma, árida, profundamente estúpida talvez, e nem quero pensar em desperdícios e danos.
Porque é hora de migrar, ainda que desacertadamente, pés e peito cansados, migrar por terra, posto que asas quebradas. Calar, aprender a conviver com o próprio tumulto nos confins de mim. E em horas pesadas demais, apunhalar o vazio, incontáveis vezes, por puro desamparo.
Porque não sou um cachorro capaz de atravessar lonjuras só para voltar para casa. Só sei cruzar eternidades, tentando voltar para algo que não sei que seja, definidamente pelo indefinido*, quem sabe o que seria? (Telma Monteiro)


* Verso de Fernando Pessoa

A festa da Naza


   Ontem dei uma de turista, apreciando Belém com olhar de flanêur, estrangeiro mesmo, acabando de chegar na cidade das mangas fartas.Ia vendo as estruturas se erguendo ante meus olhos cintilantes de espera.Muros sendo pintados, fachadas decoradas, jardins ornados com flores. Um azul, branco e amarelo tomando conta das vistas transeuntes e das frentes dos órgãos públicos e casas de família. Um arsenal humano de trabalhadores da construção civil (minha amada construção civil!), autônomos, ambulantes, lojistas, tomam seus postos na cena que aos poucos vai sendo erguida sob o pseudônimo de festa.
   O Círio visto pelos bastidores da Cidade da Fé tem uma corda forte e vigorosa que passa e atravessa Belém do Pará bem antes da procissão da Santa chegar. Belém se abre em cores, flores e sabores, porque o tempo da fé aqui, a propósito, é todos os dias e a gente nossa de cada dia é uma gente de reunião, de encontro e de maniçoba a cada aniversário.
   Hospedemos, então, esse tempo de graça, pra mais uma vez declarar nossa gente paraoara embebida de mundo, de gente, de aconchego humano e de saudade quando isso tudo se torna lembrança.

Aos que fazem o Círio de Nazaré nos bastidores,
tornando o invisível visivo: 
a fé que anima a gente a significar o humano da gente. Sempre!

Rosilene Cordeiro, em 05 de outubro de 2011


outubro 03, 2011

4º dia do mês de outubro - Dia dos Animais


   Mingo. Shakti. Hércules. Tuísca. Free. Tuffy. Watson. Lobinho. Samantha. Belita. Sam. Milky. Bernardo. Xena. Tobias. Frida. Núbia. Kerina. Estrela. Berdine. Clarice.
   Xeninha. Rocha. Cleo. Xuxa. Docinho. Bombom. Angelina. Missing. Lillo. Nanny. Wladilene. Mafalda. Matilda. Minduim. Pepita. Mia. Midnight. Rochinha... e alguns mais.
   A todos esses que estiveram e que estão no meu universo particular, distraindo-me das asperezas da vida, reconhecendo minhas tristezas secretas, olhando-me nos olhos, seguindo-me com os olhos, achegando-se, falando a preciosa linguagem do silêncio, salvando-me de mim,... eu agradeço. Todos sempre, para todo o sempre, no meu coração.



* Imagens: A cadela Núbia e o gato Xeninha (arquivo pessoal).

O melhor amigo dos escritores

O melhor amigo dos escritores (clique aqui para ler o artigo completo no blog da L&PM)

Eu gosto de gatos porque...

Eu gosto de gatos porque... (clique aqui para ler o artigo completo no blog da L&PM)