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janeiro 08, 2010


É pra você, infame
que nestas palavras me emaranho
que me banho de vinho branco
e me embriago de almíscar.
Sensatez passa longe
quando a vida me põe assim
simplesmente fissurada.
Penteio meus desejos com delicadeza
afino os meus carinhos
ensaio os meus uivos de amor.
Decoro Neruda enquanto me visto
cantarolo Cazuza enquanto me calço
(completamente blue!).

Ah, mas algo me diz, infame
que você não merece minha nudez de poeta
nem meus arrepios de mulher.
Não merece nem uma gota do meu ser ao teu ouvido
nem meu amor sussurrado às tuas costas
nem minhas cenas de paixão
nem as letras do teu nome em chocolate branco
nem as letras do meu nome em chocolate negro
eu imprevisível amante marginal.

Acho que ainda não sou bastante infame pra você.
Esta noite vou te matar
num sonho qualquer.
                                   

2 comentários:

  1. Ei bb!! A Josete é uma amiga escritora que dentre outros livros escreveu Galeria dos Maus". conhece? É uma poesia urbana da mais alta indicação! Dentre seus escritos tem um conto poético denominado Clarice que o CLAMA agregou ao seu acervo poético, que vez ou outra (qdo a ocasião permite!) declamamos a três vozes... é lindo!! Bebendo dessa inspiração escrevi Outras Clarices..., nada + justo! Q não deixa de ser um pouco tbém do longinquo Lispector q nos arrebata, penso eu?rr,. Quero sua permissão para escolher alguns de seus ensaios para apresentá- los ao CLAMA com o mesmo fim, pode ser? Garantimos todo o direito da obra pois divulgamos a autoria. Será um prazer "declamá- la" aos quatro ventos!!!rr Bjinho da sua amiga e fã de sempre. Mulher ilegal!!!rrr

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  2. Ah! Bruta flor do querer...
    Ah! bruta flor, bruta flor...
    Sou teu fã!
    Conheces a "Barca de Noé", da Diana pequeno? É tão eco e puro, exudante de nostalgia como eu nunca conseguirei fazer, como o ar de teus textos (até mesmo esse, mais carne).

    Barca de Noé
    Diana Pequeno
    Composição: Mochel

    Não adiantou
    Socós navegam no céu
    Pernas de perdiz
    Travessam campos de luz
    Não adiantou prender mandubés
    Nos currais

    Somos vendavais
    Girando em torno do sol
    Não serão de Deus
    Os filhos desses guarás
    As totoriás
    São guardiãs dos quintais
    Não adiantou
    Prender catitus nos currais
    Somos vendavais
    Girando em torno do sol
    Dentro das manhãs
    Rolinhas fogo-pagou
    Com as jaçanãs
    Seremos todos azuis

    Ps. Se quiseres, posso te e-meiar o mp3.

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