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setembro 22, 2010

Arvoredo

                                                                                         Foto: Telma Monteiro

   Abacateiro. Abiu colando os lábios. Ameixeira. Cajueiro. Mangueira. Mamoeiro. Bananeira. Fruta-pão. Jaqueira. Açaizeiro. Cacaueiro. Cupuzeiro.  Goiabeira. As árvores da minha vida, companheiras da minha infância, sujando as mãos, os dentes, manchando as roupas, enchendo a barriga, galho ora virando cavalo galopando ao vento, ora inimigo fornecendo cipó para lambar e dar lição.
   Todas se foram, seres de estimação. Morreram, foram cortadas, uma chuva mais forte as derrubou... Outros mamoeiros, obra de passarinhos, não das minhas mãos.
   Mas, tão longe a infância, eis que surpreendi um pezinho de goiabeira em meio ao mato, em meio ao seixo. Sei lá por que o deixei ir ficando, e fui vendo-o criar corpo, ir virando árvore, comecei cuidar, podar, regar, bem gostando de estar sendo encantada, eu que nunca fui de lavoura.
   Minha goiabeira já dá frutos, gostosos, que digam os passarinhos. E quando chove... Ah, fica tão bonita, larga, aberta e verde, rejuvenesce meu coração. O Pequeno Príncipe tinha um baobá no seu planeta. Eu tenho uma goiabeira. Dentro e fora de mim.(T. M.)

2 comentários:

  1. Ai,que lindo!Eu que o diga como são gostosas essas goiabas,hehe,todo dia de manhã uma fresquinha direto do pé.Lindo texto Telmita,amei!

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  2. Que lindo!
    Há sempre uma árvore plantada no nosso coração.
    Esta semana me deparei com uma velha jaqueira cheia de frutos,na praia de Botafogo, em plena calçada onde passam centenas de pessoas por dia. Fiquei imaginando as jacas caindo de maduras...
    Bjs.
    Estela

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