Quero dizer-te, nariz encarnado, dos meus sentimentos por ti.
Não sei por que, mas me peguei estes dias a pensar
E quase sem querer conclui
Que te amo perdidamente e ouso me declarar.
Tu me fizeste mais sincera, me trouxeste alegria
Tornaste a vida mais leve, por uma ou duas horas talvez
Quase virei criança, entrei numa doce nostalgia
Conheci meu ridículo, esqueci a lógica e a sensatez.
Quando estou contigo, por breves instantes
As horas passam devagar e os números, saltitantes,
Ganham, cada um, uma cor, ao som de uma trova ou gargalhada
Eu me pego de olhos grandes, maquiada
Ganhando beijo e choro de criança, brincando, assanhada.
Meu nariz querido, meu nariz encarnado
Ninguém toca nessa hora
Meu nariz tão lindo, meu nariz sagrado
De longe, manda todo pesar embora
E faz a gente pensar que paixão acontece a qualquer hora
Que a dor passa e não existe desamor
Fica só essa doce sensação que tenho contigo
Que a dor passa e não existe desamor
Fica só essa doce sensação que tenho contigo
De amar, de voar, de encontrar um velho amigo
De ser um exagero mais gostoso de quem sou.
(Andréia Flores)Andréia Flores é uma palhaça!
Ou melhor: há uma palhaça dentro da Andréia, a Bilazinha. Figura dengosa, de olhar curioso...e choro estridente! Meu Deus, não a façam chorar, poderão se arrepender amargamente.
Ela só quer exercitar sua clownicidade, conquistar emoções e cultivar sorrisos. E ser feliz pra sempre com seu nariz encarnado.